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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Filósofo alemão-Arthur Schopenhauer


Consta que o grande escritor argentino Jorge Luís Borges começou a aprender alemão para poder ler a principal obra de Arthur Schopenhauer, "O Mundo como Vontade e Representação". O escritor afirmou que "se tivesse que escolher um livro de filosofia, escolheria esse livro. Creio que foi ele que deu, de algum modo, digamos, a cifra, a chave para entender o mundo".Arthur Schopenhauer nasceu numa família abastada. Seu pai dedicava-se ao comércio e sua mãe era uma escritora conhecida. Aos nove anos foi à França para estudar a língua francesa e mais tarde viajou por vários países da Europa. Aos 17 anos, ingressou na faculdade de comércio de Hamburgo.Trabalhou como aprendiz de comerciante em Dantzig, em 1803, e em Hamburgo, entre 1804 e 1805. Com a morte do pai, nesse mesmo ano, Arthur Schopenhauer recebeu uma herança e pode dedicar-se inteiramente a suas atividades intelectuais. Em 1809, ingressou na Universidade de Gottingen para estudar medicina. Transferiu-se para a Universidade de Berlim em 1811 e, dois anos depois, publicou o tratado "Sobre a Quádrupla Raiz do Princípio de Razão Suficiente". Nesse mesmo ano doutorou-se pela Universidade de Jena. Voltou então para a casa de sua mãe em Weimar, onde conheceu o poeta Wolfgang Goethe, de quem se tornou amigo. Mudou-se depois para Dresden, onde viveu até 1818. Arthur Schopenhauer publicou "O Mundo como Vontade e Representação" em 1819, obra que se tornaria fundamental no campo da filosofia moral. Diz-se que o filósofo Friedrich Nietzsche encontrou o livro num sebo e não conseguiu interromper sua leitura até chegar à última linha.Em 1820, já ensinando na Universidade de Berlim, Schopenhauer anunciou um curso que seria ministrado ao mesmo tempo em que o de um outro filósofo, G. W. F. Hegel. Com o afluxo de estudantes ao curso de Hegel, a palestra de Schopenhauer não atraiu mais do que quatro alunos, acirrando ainda mais a rivalidade entre ambos.Em 1822, Schopenhauer viajou à Itália, onde permaneceu por três anos. Fez depois um curso com o filósofo Johann Gottlieb Fichte, na Universidade de Berlim, durante dois anos. A obra de Arthur Schopenhauer aos poucos conquistou um público abrangente, não só de filósofos, mas também de artistas, escritores, intelectuais e pessoas comuns. Uma epidemia de cólera, em 1831, levou Schopenhauer a Frankfurt. Em 1836, Schopenhauer escreveu "Sobre a Vontade na Natureza". Reservado, Schopenhauer passou a viver em isolamento, preferindo a companhia dos cães à companhia dos homens. O filósofo morreu em 1860, em Frankfurt, de ataque cardíaco.

Um comentário:

Eric Brandão disse...

A questão do pessimismo é saber se a “Vontade” é para a humanidade uma potência má da qual temos que nos libertar.

O pessimismo se tornou doutrina por Schopenhauer em 1819 com o intuito de fazer uma contrapartida da palavra otimismo (Doutrina de Leibniz).

O que Schopenhauer teria dito é que o mundo é obra de uma vontade indiferente ao bem e ao mal. E por ser egoísta em cada uma de suas concentrações, essa vontade é má em sua maioria.

O pessimista questiona se a vida vale a pena ser vivida porque não encontra meios para gerar o conhecimento necessário para fazer as escolhas corretas.

Acho que acreditava no bem, sabendp que no mundo o mau está em maior número representado.

Schopenhauer foi muito mal interpretado por essa afirmação, de que o mundo é obra de uma vontade indiferente ao bem e ao mal. E por ser egoísta em cada uma de suas concentrações, essa vontade é má em sua maioria.

Mas, ele acredit no bem!