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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Resenha do texto "Ordenação da cidadania" -A Cidade e a Família (Rio de Janeiro, início do séc. XX)








A Cidade e a Família (Rio de Janeiro, início do séc. XX)

Resenha do texto "Ordenação da cidadania". Livro "A cidade e a família no Rio de Janeiro republicano", da autora Rosa Maria Barbosa de Araújo


No seu livro intitulado “A cidade e a família no Rio de Janeiro republicano”, a autora Rosa Maria Barbosa nos proporcionar um esboço sobre o comportamento dos moradores da cidade do Rio de janeiro, seus hábitos cotidianos com fim do Império, e advento da republica.
No capitulo "A ordenação da cidadania", compreendemos a importância da sociedade em torno da família. A família era como instituição, tinha uma ética definida sobre as demanda que afetavam vida cotidiana dos seus componentes. Era uma entidade fundamental na organização social.




Nos deparáramos com inúmeras críticas em relação aos serviços públicos prestados e a atuação do governo junto ao povo, No tópico "Os serviços essenciais". Narrar a precariedade de tais serviços como obstáculo principal que impedia a cidade de se integrar à economia internacional, o que nos leva a uma reflexão acerca das inúmeras contradições desse período, se por um lado o governo desejava elevar a capital da República a status de "cidade-modelo", por outro não conseguia resolver os problemas básicos da população, tais como: Saneamento básico, urbanização e ordem-pública. Em relação ao transporte, somente após a implantação dos
bondes a coisa melhorou um pouco.



O bonde viria a revolucionar os hábitos e costumes da cidade, seria a Pedra fundamental do aspecto cosmopolita na cidade, Tendo em vista que as precariedades com que foi implantado, porem as pessoas deixariam, em parte, de se acotovelar com animais e transportes rudimentares nas ruas estreitas e sem sinalização. Claro que as maiorias das linhas beneficiava os moradores de áreas de maior poder aquisitivo, É será sobre esta desigualdade que a autora esboçar o quadro de revoltas das camadas populares, O descaso com as camadas populares, o alto preços nos ingressos, a precariedade dos bondes ditos mais acessíveis aos pobres, gerou inúmeras revoltas por parte da população.


Os Empresários se beneficiavam com a implantação dos bondes, existia redes de comércios nas proximidades das estações, o que pode ser observado em um anúncio da companhia Jardim Botânico: "Quereis gozar de boa saúde? Ide ao Leme ou a Ipanema! Bondes em quantidade. Passeios agradáveis e refrigerantes..." o que nada mais era uma estratégia do capitalista para atraírem passageiros.

A questão da segurança e da violência era o problema que assolava a sociedade; A “instituição família” foi de grande importância, pois era ela que agia como agente mediador entre as autoridades públicas e o policiamento. Desde comportamentos que afetavam a moral e os bons costumes, até os tradicionais crimes de assassinato, furto e roubo eram denunciados a polícia, que por sua vez pecava hora pelo excesso, hora pela indulgência, levando a autora a qualificá-la como sendo uma polícia de dupla face.


Já próximo ao final do texto, ainda é abordada a questão da prostituição, que mais uma vez era marginalizada enquanto entretenimento das classes de menor poder aquisitivo, sendo considerada uma doença que deveria ser assolada da cidade, sobretudo no que diz respeito à opinião das famílias tradicionais, e se não aceita como prática corrente e cotidiana entre os meios artísticos, e, portanto de ricos, não era denunciada, difamada ou coibida. Mais uma das tantas contradições e práticas discriminatória existente nessa cidade.

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