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segunda-feira, 5 de maio de 2008

Hitler, Brasil e raças


Hitler era racista por ser político. Ele mesmo declara a Rauschning: ‘Sei tão bem quanto todos vocês, intelectuais, poços de saber, que não existem raças no sentido científico da palavra. Você que é criador de animais, você é obrigado a se ater à idéia de raça, sem a qual qualquer criação seria impossível. Eu, que sou político, também preciso de raças por ser uma idéia que me permite dissolver a ordem estabelecida no mundo e substituí-la por uma nova ordem, construir uma anti-história’ (Paris, Ed. Aimery Somogy, 1979).
O filósofo judeu Lévinas, já em seu ensaio “Algumas Reflexões sobre a Filosofia do Hitlerismo”, publicado na Revista Esprit (Paris, 1934), afirmou que os nazistas precisaram inventar as raças, pois elas não existiam.

Adolf Eichmann, militar da SS, ficou conhecido como executor chefe do Terceiro Reich pela sua liderança na logística de extermínio dos campos de concentração, tecnologia da morte importada da União Soviética, também chamada ‘Solução Final’. Eichmann declarou no julgamento em Israel que simplesmente defendera a existência de raças e as diferenças qualitativas entre elas.
Claude Lévi-Strauss, membro correspondente da Academia Brasileira de Filosofia, em seu livro ‘Raça e História’, critica o pai das teorias racistas Gobineau, diplomata e filósofo francês, autor do ‘Ensaio sobre a Desigualdade das Raças Humanas’ (1855). Para Gobineau, que foi diplomata no Brasil e o odiava pelas ‘raças’, a desigualdade das raças humanas era qualitativa, eram desiguais em valor absoluto e nas suas aptidões particulares.

O político brasileiro resolveu inventar as raças contra a Constituição Federal. Enganar não é amar ao próximo.

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